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Como devemos lidar com a irritação chinesa?
Todos conhecemos a forma pouco pacífica como as ditaduras lidam com a diferença de opinião. A sempre incómoda divergência, é vista aos olhos dos tiranos, como um sério perigo à integridade do estado e consequentemente ao seu poder absoluto!
O regime chinês, que tem vindo a fazer um forte investimento em operações de "charme" junto da comunidade internacional, apostou fortemente na realização dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, como o lançamento de uma China moderna, competitiva e próspera.
Todos nós nos congratularíamos com esse novo estatuto, se os Direitos Humanos não estivessem em causa. Estão e de uma forma completamente inaceitável!
Hu Jia, um activista de direitos humanos na China, considerado um dissidente e em prisão domiciliária desde Dezembro, juntamente com a mulher e a filha de 2 meses, foi preso. O facto de escrever num blogue e participar em debates na internet, irritou as autoridades chinesas e a actual lei permite a prisão administrativa, arbitrária e com imposição de prestação de serviços, sem qualquer processo, direito de defesa e condenação judicial.
Nada disto faz qualquer sentido e mais do que isso, é totalmente inaceitável por todos aqueles que ainda se batem pela dignidade da pessoa humana. Mais do que apelar ao boicote aos Jogos, como parece estar na moda, seria talvez mais importante encontrar formas de pressão junto do regime chinês, mesmo resistindo às perspectivas de negócio com um mercado apetecível!
O desporto tem sido ao longo dos tempos, ferramenta muito importante na consolidação e promoção dos regimes. Não me parece que o espírito do velho Barão Pierre de Coubertin passe por aí e seria muito importante que alguns sinais fossem dados, de forma clara, a todos aqueles que o utilizam como promoção!
Aquele abraço infernal!
P.S. Espero não ter desapontado a Inês!
Nações Unidas no seu melhor!
Começa a ser preocupante o desempenho das forças das Nações Unidas, destacadas um pouco por todo o lado! O esforço da comunidade internacional, na pacificação de conflitos regionais e no apoio a refugiados, dá mostras de uma total incapacidade, não só por se mostrar frequentemente tardio, como de uma eficácia duvidosa e competência hilariante!
Alguns oficiais das forças das Nações Unidas destacados no Saara Ocidental, foram acusados pelo responsável pela missão, Julian Harrison, de nos dois últimos anos terem grafitado sobre gravuras com 6000 anos em Lajuad, no deserto do Saara.
Desde declarações de amor a simples assinaturas para mais tarde recordar, é possível identificar um tal de Petar, da Croácia, um Evgeny da Rússia e um Mahmoud do Egipto, que fizeram questão de perpetuar a sua passagem pelo território, demonstrando uma total insensibilidade para com um património universal .
É exactamente esta insensibilidade que é preocupante, depois de vários episódios vergonhosos, apontados a estas forças nos últimos tempos!
As acusações confirmadas de violações, de apoio à prostituição, de abuso de poder e agora de atentados ao património, começam a exigir um cuidado na selecção do pessoal destacado.
Aquele abraço infernal!
Por alguma razão o discurso já cheirava mal!
Era importante testemunhar e lá fui eu numa missão de sacrifício, como tantas outras, certificar-me do estado de saúde do camarada Fidel e da forma como o povo cubano encara a perspectiva de uma nova fase do seu percurso revolucionário.
O homem está lá, apesar da sua imagem não estar visível em cada poste, parede, pintura mural ou t´shirt, ele paira sob as nossas (deles) cabeças. O protagonismo está reservado ao camarada Ché Guevara e a uma foto mais rentável do que a Marilyn com ventania de baixo para cima, ou um James Dean em dia "sim". A imagem, lá como cá ou em outro sítio qualquer, desde que seja rentável é sempre uma óptima opção! Quando Alberto Korda colheu aquela foto, estava longe de imaginar que se iria tornar na imagem de marca de um regime aparentemente pouco dado a esse tipo de coisas!
Os sucessivos problemas intestinais do camarada Fidel, levaram-no a intervenções cirúrgicas que tal como cá, nem sempre correm bem. Mesmo num país onde a saúde é gratuita (eheheh), alguém que discursava 6 ou 7 horas de seguida, para explicar o inexplicável, é porque não se vedava e o resultado está à vista!
Não, não me cruzei com ele mas cruzei-me com muitos dos seus funcionários do partido e posso garantir que nenhum deles tem razão de queixa. Vivem muito bem e completamente indiferentes ás dificuldades do seu povo. Lá como cá e em muitos outros locais, quando a conjuntura é favorável, é fartar vilanagem e salve-se quem puder!
Aquela revolução é uma fraude, o socialismo não passou por ali e se passou, Marx não deve ganhar para analgésicos!
Aquele abraço infernal!
Vou num pé e venho no outro!
Por muito que me tentem convencer, eu não me conformo! Hoje em dia nem tudo aquilo que me é impingido, eu aceito pacificamente! Podem vir com fotos manipuladas, gravações maradas e imagens, mas eu já não vou em conversas. Só com confirmação "in loco", é que aqui o Belz se convence! Sendo assim, vou pegar na minha mala de cartão e vou ali e já venho! Saudações infernais!
Mas afinal o que é que se passa aqui ao lado?
A forma apaixonada como os "nuestros hermanos" se entregam ao desporto, a tão falada "fúria espanhola" que os leva a encontrar forças onde já não seria suposto haver, fortemente apoiados por adeptos que apoiam sem limites e que idolatram os seus ídolos, é algo que chega a ser invejável. Paralelamente, os sinais preocupantes que de uma forma persistente vão surgindo, de manifestações racistas aliadas ao fenómeno desportivo ocorridas em Espanha, em nada prestigiam o país e exigem uma forte reflexão, por parte das autoridades desportivas e mesmo governamentais. Já não se pode falar de casos esporádicos, sem expressão. Depois da polémica provocada pelo seleccionador espanhol Luis Aragonés, quando chamou macaco ao atacante francês Tierry Henry, que por acaso joga hoje em Espanha e depois de adeptos terem lançado amendoins ao atacante camaronês Samuel Eto`o, estas manifestações chegaram à Fórmula Um e a vítima foi Lewis Hamilton. Durante os testes em Barcelona da última semana, vários cartazes de carácter racista foram mostrados das bancadas, em que expressões como "preto de merda" era o melhor que se podia ler. Nós que constantemente olhamos os nossos vizinhos com inveja nas mais diferentes áreas, temos aqui um motivo para orgulhosamente nos sentirmos diferentes e para estarmos atentos, para que esta verdadeira doença não atravesse fronteira. Aquele abraço infernal!
Queriam saber? Então cá vai!
As razões são irrelevantes, aliás como tudo! Nem sei muito bem porquê mas assumo-me como monárquico. Uma pitada de romantismo, uma grande decepção com a República que em cem anos, pouco ou nada acrescentou e uma profunda decepção com uma pretensa democracia que impede constitucionalmente que se questione o modelo que pretendemos! O meu conceito de democracia não é castrador, permite questionar, incentiva a discussão pública e não impõe seja o que for. Quando se comemora o centenário do regicídio, mais do que analisar o facto em si, o que implica uma capacidade pouco usual de voar sobre os anos, com uma memória histórica pouco fundamentada, leva-nos a questionar o Portugal que temos e aquilo que a República acrescentou. Quanto a mim nada acrescentou, tudo aquilo de que a monarquia era acusada, verifica-se em plena república com outros protagonistas e esses incomodam-me hoje, amanhã e todos os dias! Será possível dizer não? Será que o Estado republicano permite? Aquele abraço infernal!